quinta-feira, 10 de junho de 2010

Da bolha da internet à Web 3.0

obrevivemos à bolha da internet, nada mais poderá nos abater!

Do original em inglês "dot-com bubble" - movimento especulativo que foi de 1995 a 2000, com seu clímax em Março de 2000, quando a NASDAQ atingiu seu índice máximo de 5132.52 - ontem (09/06/10) a NASDAQ fechou em 2158.85

Relembrando os idos de 1999/2000/2001, analisamos o que era "a criação de sites" na virada do milênio. Estamos falando de uma era "Pré Firefox". Até 1998, o Netscape Navigator era sinônimo de navegação na internet, até o Tio Bill (não confundir com Kill Bill) começar a oferecer, em esquema 0800, o seu Internet Explorer junto com o Windows 98.
Então, para que você faria download do Netscape com sua linha discada e seu modem de 56K?
Os webdesigners sofriam apenas para fazer os sites funcionar no Netscape e no Internet Explorer. As resoluções dos monitores eram de 640x480 pixels e os novíssimos monitores de 14 polegadas como o Samsung Syncmaster 3 (quem não teve um?) já vinham de fábrica ajustados para a resolução de 800 x 600 pixels - as pessoas reclamavam que nesta resolução as letras ficavam muito pequenas!
Descontada a altura da barra de navegação, sobravam míseros 640 x 435 pixels para soltarmos nossa criatividade no mundo virtual.
Em 1999 criamos o site para o Centro de Educação em Informática do SENAC-SP, onde uma das exigências era, resolução 640x480, e assim foi!
Para se ter uma idéia do que esta resolução representa, fizemos uma comparação com a resolução média dos Notebooks de 1280x800 - a área destacada, era o espaço onde TODO o site devia ser desenvolvido, era a área visível quando o site carregava na tela.
As limitações não paravam por aí, no que diz respeito aos menus de navegação, ainda não tínhamos as abençoadas CSS (Cascading Style Sheet - só surgiram em 1994), mais de um javascript na mesma página era o caos, se fazia necessário um terceiro javascript específico para apaziguar os ânimos e fazer tudo coexistir com harmonia e funcionar.
Trabalhávamos com tabelas e declarações de estilos inline, ou seja, todos os estilos ficavam embutidos no código HTML, deixando os sites lentos - uma contradição por si só, numa época onde as conexões também eram lentas. Soluções inteligentes em DHTML ajudavam bastante na criação de sub menus de navegação, mas muitas vezes obrigavam os webdesigners a fazer duas versões do mesmo site, uma para o Netscape, outra para o Internet Explorer e, os clientes é claro, não queriam pagar pelo trabalho dobrado.
Estávamos em plena "Guerra dos Browsers" - as duas facções disputavam a tapa os usuários.

Mesmo assim a galera da w3maker se divertiu e aprendeu muito com estas limitações, ganhamos até o prêmio iBest do júri popular por dois anos consecutivos com o site de culinária Luzinete Veiga - abaixo alguns exemplos de sites produzidos entre 1999 e 2001, por favor sem risadas!




É desta época e merece destaque, o Vovó Erótica!
O iG passava pelo seu auge de popularidade, por ser o primeiro provedor do Brasil a distribuir emails de graça. Com esta estratégia o público que circulava pelo portal iG era enorme para os padrões da época - surgiram vários sub portais de conteúdo, um deles o Red Sex; foi lá que o Vovó Erótica nasceu, teve seus momentos de glória e implodiu (RIP) junto com a bolha da internet.

Chegamos ao limiar da segunda onda da internet, rumo à Web 3.0 - revendo tudo isso, é possível perceber o quão primitiva era a internet de 10 anos atrás (primeira onda). Discutir Web 3.0 é tema para outro post, segundo muitos é algo que nem existe ainda.
A Web 3.0 pretende ser a organização e o uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento já disponível na Internet (fonte: Wikipedia).

Pensamento do dia:
"Talento não se acha no computador" - Jorge Sunao Koto
Para saber mais sobre ciração de sites: w3maker